A Irmandade da Misericórdia
Um pouco de história
Naqueles tempos medievais o modismo na Europa e depois no Brasil eram as confrarias ou irmandades, grupos de pessoas que se reuniam em prol de um mesmo ideal. A Irmandade da Misericórdia foi a que mais se destacou pela iniciativa de assistência à saúde dos enfermos e atividades afins.
Os olhos de todos se voltavam para as primeiras Santas Casas de Misericórdia, inauguradas em Portugal, nas cidades de Coimbra, Santarém e Leira, no Século XII, através do trabalho filantrópico da rainha Isabel, esposa do rei Dom Diniz, neto de Afonso X , fundador da Universidade de Coimbra.
Três séculos depois foi criada a Irmandade, pelo frade Miguel Contreras, sob as ordens da rainha regente dona Leonor, em 15 de agosto de 1498.
O Rei Dom Manuel e seus sucessores estimularam a criação de Santas Casas por todo o reino e, juntamente com o império português, elas expandiram-se para a África, Ásia e América. No Brasil, a primeira foi a Santa Casa de Misericórdia de Santos, fundada por Brás Cubas em 1543, na então Capitania de São Vicente.
Hoje, de modestas e simples "Casas de Saúde" que eram as Santas Casas, para poderem acompanhar o progresso e não ficarem paradas no tempo e no espaço, são forçosamente uma empresa e, como tal, têm de ser assim administradas e dirigidas, sob pena de sucumbirem.
A Santa Casa de Valença fundada em 1860, sobrevive e se desenvolve graças à fibra e força de vontade das pessoas que a dirige, sempre trabalhando para prover de recursos financeiros que possibilitem seu crescimento e o engrandecimento.
Modesta no início de sua vida, a Santa Casa de Valença acompanhou com louvor e dentro de suas possibilidades, o crescimento material e o sucesso tecnológico a que passa a medicina.